O calorão das últimas semanas está tirando muita gente do sério, todo mundo sabe. As pessoas se viram como podem para tentar driblar os efeitos das altas temperaturas e os nossos queridos peludos também necessitam de atenção especial. Faço o possível para não pensar naqueles sem dono, vagando pelas ruas..., mas pelo menos podemos tomar providências para deixar os nossos pets mais confortáveis no calor.
Sei que muitas de vocês tem peludos em casa e resolvi reproduzir aqui no blog, de forma adaptada, as dicas publicadas pela Revista Veja sobre como cuidar deles no calor.Quem já leu, ótimo. Quem ainda não viu e está meio sem saber como lidar com o desconforto dos bichinhos neste Verão, acho que são orientações muito úteis, pois como diz a revista, "Para eles, o calor é perigoso".
Risco de hipertermia: os peludos não transpiram
Por causa dessa característica, a respiração é a única forma de controle de temperatura do corpo e se o tempo estiver muito quente e úmido a respiração fica comprometida e eles precisam ofegar para intensificar a troca de calor corporal. É preciso atenção, pois em cães e gatos, a hipertermia, ou aumento excessivo da temperatura corporal, pode provocar desmaios e convulsões e até matar.
Cães e gatos de focinho curto (achatado), muito peludos ou obesos são os mais vulneráveis aos efeitos do calor excessivo.
Dicas de cuidados
Em casa:
- Não deixar o animal no quintal constantemente ensolarado ou fechado no apartamento abafado;
- Sombra em ambientes arejados e água fresca são questão de sobrevivência para cães e gatos;
- Troque a água do bebedouro várias vezes ao dia e certifique-se de que o pote não fique exposto ao sol em nenhum momento do dia. Vale acrescentar pedrinhas de gelo ao bebedouro.
- Para os gatos, que preferem água corrente, um bebedouro eletrônico pode estimulá-los a ingerir mais líquido ao longo do dia;
- Borrifar água no dorso e nas patinhas ajuda a resfriar o animal e se ele ficar ofegante, enrole-o em uma toalha molhada com água fria e deixe-o por um tempinho em frente ao ventilador ou ar-condicionado.
No carro:
- Evitar viagens longas durante o dia;
- Deixar o ar condicionado ligado todo o tempo do trajeto; (minha dica: para quem não tem carro e muito menos carro com ar-condicionado e precisar ficar fora durante um tempo, o jeito é deixar o bichinho sob a supervisão de alguém responsável, nunca sozinho nestes dias tão quentes);
- Nunca, em hipótese alguma, deixe o bichinho preso no carro, nem com uma fresta do vidro aberta e sob uma árvore. Mesmo na sombra, a temperatura no interior do veículo sobe rapidamente, e o animal pode desmaiar e até morrer em meia hora.
Nos passeios:
- Reduzir os percursos e reduzir os horários das saídas: antes das 10 horas e depois das 18 horas;
- Prefira locais gramados, pois o asfalto quente pode queimar as almofadinhas das patas (coxins);
- Leve água em bebedouros portáteis (a dica das borrifadas no dorso e nas patinhas também se aplica aos passeios);
- Respeite os limites do seu cão: interrompa o passeio do animal ofegante, que tenta fugir do sol em busca das áreas sombreadas;
- Cães agressivos que precisam de focinheira para passear devem usar modelos que não impeçam a abertura da boca;
- Passear com cães de focinho achatado nos dias quentes, com focinheira fechada, é meio caminho andado para uma hipertermia severa.
Banho e tosa:
- As salas de banho e tosa das pets shops são ambientes propícios para a hipertermia: o estresse prejudica a respiração do animal e, com os secadores ligados o dia inteiro a temperatura fica sempre elevada;
- Evite os horários de pico do calor e mantenha o pelo dos animais mais curto que o habitual.
Banho em casa:
- Em casa, os banhos semanais devem ser feitos com água morna (água muito fria pode causar choque térmico) e use uma toalha para secar os animais de pelo curto, e o ar frio do secador para os de pelo longo.
ATENÇÃO:
Se o seu peludo mostrar-se inquieto, permanecer com a respiração ofegante e apresentar língua levemente arroxeada, mesmo após as tentativas caseiras de resfriamento, leve-o imediatamente ao veterinário, mantendo-o envolto em toalha molhada com água fria e, no carro, posicionado em frente à saída do ar-condicionado. (Minha dica para quem não tem meios de locomoção própria e estiver com algum animalzinho nesta situação: pedir imediatamente ajuda aos amigos, vizinhos ou ao Corpo de Bombeiros)
Ficam aqui as dicas para quem ama seus pets e pratica a posse responsável!
Beijos
Ju
Texto original: Revista Veja, edição 2356, de 15 de janeiro de 2014, pág. 88-89.
Imagem: petrede.com.br