Na terça-feira passada meu enteado foi ao supermercado com uma pequena lista de compras. Temos um supermercado bem perto aqui do sítio, que facilita muito naqueles momentos em que falta um item ou outro na despensa. Teria sido um dia comum, não fosse um incidente que mudaria completamente nossa rotina ao longo do restante da semana e também por algum tempo que ainda não sei ao certo quanto...
Eu estava no escritório e ele retorna das compras muito agitado, dizendo ao pai que tinha encontrado uma cachorrinha abandonada com 4 filhotes. Estavam à própria sorte, vivendo na rua, à beira do lago. E surgiu a questão: e agora?
Não é a primeira vez que a vida nos coloca diante de situações como essa, tanto que dos 5 cachorros que temos atualmente, quatro foram retirados das ruas.
Meu marido colocou as mãos na cintura, ficou olhando para o horizonte e finalmente disse: "Não podemos deixá-los lá".
Essa foi a deixa e ele e o filho saíram na pickup para buscá-los.
A aflição tomou conta de mim, pois já temos cinco pets em casa! E como seria a interação com os novos que estavam prestes a chegar? Como será que iriam reagir?
Quando retornaram, trouxeram a mãe, os filhotes e uma outra cachorrinha, que acompanhava a matilha.
As duas cachorrinhas não estavam muito magras, felizmente, e nem com ferimentos aparentes. Ambas extremamente assustadas, com as caudas entre as patas, olhares apavorados. Realmente, viver nas ruas resulta nisso. Os filhotes, também não muito magros, mas com indícios de parasitas de todo tipo!
Bem, vamos lá, pensei comigo mesma!
Os nossos pets reagiram bem melhor do que esperávamos, mas de terça-feira até agora estão arredios, não querem aproximação excessiva, especialmente com os filhotes. Cães adultos não toleram filhotes. Não os machucam, mas querem distância.
Todos receberam um bom banho, alimentação e água fresca.
O segundo passo foi começar o processo de desinfestação de parasitas. Estão todos livres deles, graças aos excelentes produtos disponíveis no mercado, atualmente.
Na sexta-feira as duas cachorrinhas foram ao veterinário para ver o estado geral, especialmente no caso da Meg, que aparentava estar mais debilitada que o normal. O médico coletou amostra de sangue e fez a análise no próprio consultório: mais um benefício da tecnologia! O resultado apontou erliquiose, uma das graves doenças transmitidas por carrapatos. O mesmo exame deu negativo para a outra cachorrinha, a Daisy, felizmente.
Meg já está sendo tratada adequadamente. O tratamento irá durar 20 dias e se não a tivéssemos trazido para casa, ela morreria em poucas semanas.
O próximo passo será a vacinação, mas precisamos esperar alguns dias até que todos estejam mais fortalecidos.
Fiz algumas fotos para que vocês conheçam a mais nova turminha aqui de casa!
A mãezinha. Ela é mais magra e menor do que aparenta na foto, mas logo irá ficar bem forte. Super meiga e dócil. O veterinário disse que ela tem entre 3 e 4 anos de idade
Meg, a companheira. Pelagem super macia, extremamente dócil e bastante medrosa. Deve ter passado maus momentos, mas aos poucos ela está se ambientando e se sentindo segura. Tem menos de 2 anos de idade
Os filhotes da Daisy! São 3 fêmeas e a setinha aponta para o único "menino" da turma!
Vamos adotar as duas fêmeas adultas, mas os filhotes estão disponíveis para adoção porque não é possível ficarmos com uma matilha de 11!
Estamos à procura de um lar para cada um deles e se souberem de alguém que esteja disposto a acolher, me avisem! Precisa ser alguém que assuma um compromisso de amor e dedicação.
E vocês, o que fariam se a vida lhes apresentasse uma situação como essa?
Beijinhos
Ju