Hoje é um dia especial para todas nós!
Trouxe uma "cascata" de rosas para vocês, um pouquinho de História e um poema...
O Dia Internacional da Mulher tem origem nos Estados Unidos e na Europa, no início do século XX, época em já ocorriam movimentos de mulheres que reivindicavam melhores condições de vida, de trabalho e o direito ao voto.
Sim, mas e porque o dia 8 de março?
Porque nesse dia, em 1857, as tecelãs de uma fábrica em Nova York (EUA), fizeram uma manifestação por melhores condições de trabalho, redução da jornada de trabalho (que era de 16 horas/dia) e equiparação de salários com os homens (elas ganhavam somente 1/3 do que eles recebiam!). Porém, essa manifestação foi tratada com extrema violência: elas foram trancafiadas na fábrica e queimadas vivas! Consta que cerca de 130 mulheres morreram.
Somente em 1910 esse dia foi escolhido para homenageá-las, recebendo o nome de Dia Internacional da Mulher. Comemorou-se até a década de 1920 mas, aos poucos, caiu no esquecimento e só foi recuperado na década de 1960, com o Movimento Feminista. Em 1977, o dia 08 de março foi adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Mulher para celebrar as conquistas sociais, políticas e econômicas do dito “sexo frágil”.
Nos dias atuais, a visibilidade da comemoração expressa muito mais um caráter comercial, como aconteceu com todos os dias comemorativos: das mães, dos pais, dos namorados, das crianças, Páscoa, Natal e outros. Porém, é sempre uma oportunidade para lembrar, celebrar e homenagear as protagonistas dos movimentos sociais que abriram as portas para importantes conquistas das quais somos herdeiras. Mas, infelizmente, nem todas nós, pois o mundo ainda está repleto de situações em que milhões de mulheres continuam sendo desrespeitadas, aviltadas, exploradas e tratadas como seres inferiores. Ainda vai demorar muito tempo para que isso mude.
Enquanto isso não acontece, precisamos manter viva a memória daquelas que lutaram pelo reconhecimento e valorização do nosso papel no mundo e, mais do que isso, fazer valer a pena o seu sacrifício! Por que digo isso? Porque ainda existem mulheres que são inimigas de si mesmas, de várias formas.
Para finalizar, deixo para vocês o belo poema de Vitor Hugo que fala do homem e da mulher, esplendidamente.
"O homem e a mulher
O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono.
O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração produz Amor.
O homem é forte pela razão.
A mulher é invencível pelas lágrimas.
O homem é capaz de todos os heroísmos.
A mulher, de todos os martírios.
O homem tem a supremacia.
A supremacia significa a força.
A preferência representa o direito.
O homem é um gênio; a mulher, um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo, indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória.
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória faz tudo grande.
A virtude faz tudo divino.
Pensar é ter no crânio uma larva.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O oceano tem a pérola que adorna.
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa.
A mulher é o rouxinol que canta.
Cantar é conquistar a alma.
Ante o templo nos descobrimos.
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
E a mulher onde começa o céu."
Vocês poderão se perguntar: o poema não fala somente da mulher, mas também do homem e hoje é o dia das mulheres?!
É verdade. Vitor Hugo quis mostrar que ambos se complementam e por isso são inseparáveis. Mas escolhi esse poema porque foram as palavras mais delicadas sobre a mulher que alguém já escreveu e vindas de um homem! Tudo bem, Vitor Hugo era um poeta, mas quantos poetas falaram tão gentilmente de uma mulher?
Se esse poema fosse escrito hoje, certamente outras características femininas seriam apontadas pelo poeta. Afinal, de lá para cá muita coisa mudou. Mas a essência do ser feminino é imutável e ele soube muito bem "poetizá-la"!
Para quem não sabe, Vitor-Marie Hugo foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos. Nasceu na França, na cidade de Besançon em 1802 e faleceu em Paris, no ano de 1885. Uma das suas obras mais conhecidas é Les Misérables (Os Miseráveis).
Beijos e feliz dia!
Ju